1. Descrição do negócio
A HALAMO (Habitantes da Laguna de Morocoto) é uma associação formada por uma comunidade indígena da reserva Laguna de Morocoto há cerca de 12 anos, que tem como foco a produção de Asaí, palmeira cultivada na Amazônia. tradicionalmente por vários grupos étnicos do território. Esta comunidade, graças à associação, conseguiu mudanças organizacionais muito importantes e já teve aprendizagem empresarial, financeira e administrativa, o que lhe permitiu consolidar a sua empresa no mercado local do município de Inírida. Atualmente suas vendas dominam o mercado local de Asaí, fruta normalmente consumida em geleias e bebidas.
É uma associação que conseguiu consolidar-se a nível local e, mais especialmente, reunir uma reserva indígena em torno de uma atividade económica, organizando-se e capacitando-a para operar a empresa. Através da ajuda de vários projetos, conseguiram adquirir alguns ativos (máquinas de polpa) e recentemente conseguiram adquirir uma casa perto da zona urbana, localizada na reserva El Pajuil, para poder transformar os produtos com mais conforto, uma vez que atualmente faça isso na reserva, que fica bem longe dos pontos de venda, 3 horas de canoa.
2. Sistemas de coleta e produção
O Asaí, cultivado pertencente à espécie Euterpe oleracea, é estabelecido em parcelas que ficaram em pousio e que antigamente eram utilizadas como conucos (ou seja, para o cultivo de pão). Atualmente, a associação conta com cerca de 38 associados, metade deles mulheres, e cultivam familiarmente cerca de 12 talhões onde, além do Asaí, são plantadas outras árvores de importância nutricional para as famílias. Além disso, colhem o fruto de outra espécie de açaí silvestre, o Euterpe precatória, que ainda não foi domesticado, mas possui outras propriedades organolépticas de alto valor. O açaí selvagem É encontrada naturalmente nos diversos pântanos e lagoas que compõem a reserva Laguna de Morocoto, considerada um sítio Ramsar de grande importância ecológica. De acordo com a ideia de preservar a Amazônia, a HALAMO promove um desenvolvimento alternativo que não exige o sepultamento da cultura vegetal, e que hoje representa uma mudança muito grande de consciência para a comunidade indígena, cujos membros há 12 anos não concebiam a ideia de reflorestar a Amazônia é lógica.
3. Principais desafios
As possibilidades de abertura de novos mercados para esta associação são bastante limitadas, principalmente devido à dificuldade de transporte para outras localidades do país, uma vez que não há estradas que cheguem a Inírida a partir de outras localidades, e todo o transporte de mercadorias é muito caro por ser feito por via aérea. ou rio. Foram detectadas limitações no conhecimento sobre a reprodução das espécies silvestres de Asaí, o que limita sua capacidade produtiva.